não temer as palavras,menos ainda as frases enquanto brincadeiras que são,castelos de sons feitos com maior ou menor gosto,sempre um jogo, como quem brinca ou faz esgrima para se distrair e preencher silêncios com pontes provisórias, usando simbólicos brinquedos que não são de ninguém e para ninguém nunca exactamente iguais.Sons e conceitos que permitem viajar por dentro e representar,trazer para o agora o passado que na memória(onde mais?)não pode voltar a acontecer e não tem como repetir-se fielmente.Momentos que foram e que agora se reinventam a cada novo agrupar de palavras e escolha de adjectivos."The past is a foreign country" e com excepção da fotografias que também descoloram,aldrabando as reais cores,cada visita é reinvenção porque não somos já os mesmos, já nos reorganizamos ao pensar uma vez mais o que foi.Contamo(-nos) sem querer mentir mas encantamo-nos no acto de contar e acabamos por retocar as imagens que temos dentro como quem faz as pazes com o mundo que em certas alturas nos deixa a sós e teima em não entender nada do que dizemos.
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16 Comments:
...assustei-me...assustei-me da forma como descreveste a forma como às vezes me sinto...talvez "contar e contar sempre" seja o nosso problema...
bjinhos e bom fim-de-semana!
não lhe chamo problema, é mais mania ou traço de carácter!
mas ainda bem que te agradou,littlebluesheep!
;)
As palavras não deixam de ser misteriosas, é preciso saber usá-las.
Boa Semana
Gostei do que escreveste. Realmente a memória vai reconstruindo as nossas recordações, vai alterando as nuances das suas cores e, quando as contamos, esse bocadinho de nós passa a fazer parte delas...
ainda bem que há algum mistério nas palavras,carlos!
utzi,ainda bem que agradou!
Um sorriso grande para ti!
São as cores da vida...
obrigada,gnm!
recebe outro em troca e um xi!
sílvia,e do esquecimento que também provoca efeitos cromáticos!!
;)
gosto dos teus textos... :)
Fica ca deixar uma foto do meu rebento mas não tens cx de mail disponivel... :(
As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas suas curvas claras.
Dói-me esta água, este ar que se respira,
dói-me esta solidão de pedra escura,
estas mãos nocturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.
E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens nuas, desoladas,
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.
Eugénio de Andrade
Adorei, adorei, adorei!
obrigada,1entremil, por aqui passares para ler!logo te escrevo para mandares a pic do baby!
lua,obrigada pelo poema do Eugénio!
vica,ainda bem,ainda bem!
;)
Gostei! As palavras, por mais misteriosas que sejam, são as pedras do edifício do nosso carácter!
Voltarei mais vezes!
rouxinol,ainda bem que te agradou!
as palavras são a ponte possível!
;)
obrigada,estela pela atenção!
;)
logo espreito!!
;)
ritinha,obrigada por cá passares!Vou transmitir a informação àcerca da floribela á minha sobrinha!Aposto que ela vai ficar contente com tal!
;)
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